Para muitos, a Disney é sinônimo de histórias inocentes com
personagens cantando canções de esperança e alegria. Esta é uma imagem que a
Disney tem trabalhado duramente para perpetuar em seus filmes, mas muitas das
mensagens supostamente inocentes, numa análise mais aprofundada, podem ser
revelar perturbadoras. Não há dúvida de
que os filmes da Disney têm trazido felicidade a milhões, se não a milhares de
milhões de crianças em todo o mundo. Nesta lista, entretanto, analisei alguns
dos temas mais angustiantes presentes em filmes da Disney, temas que podem ter afetado a nós e a nossos
filhos mais do que imaginamos.
10 – Imprecisões históricas
Talvez uma das críticas mais óbvias à Disney são sobre as imprecisões históricas em seus
poucos filmes baseados em eventos reais.
"Pocahontas" foi acusado de ser uma paródia sobre a história do
genocídio indígena. A personagem-título é retratada como uma mulher nativa, que
se apaixona pelo colono John Smith, mas na realidade, Pocahontas era uma
menina de apenas 10 anos. Smith fez
amizade com a garota, mas não houve nenhum romance. Uma mascaração ainda pior é
o final do filme. Os colonos se tornam amigos dos nativos e todos vivem felizes
para sempre. Realmente Disney? Na verdade, 90% dos povos indígenas na América
foram aniquilados por uma combinação de doença e de genocídio patrocinado por
fanáticos colonos religiosos, acreditando que suas ações eram justificadas pela
ideia do "destino manifesto". Aqueles que sobreviveram foram
submetidos a más condições de vida, à grilagem das sua terras e a
servidão aos europeus, que posteriormente se tornaram os atuais americanos.
9 – A extrema magreza
O ideal do tamanho zero é replicado em cada princesa da Disney, com a exceção de Branca
de Neve, unicamente porque na década de 1930 os ideais de beleza eram
diferentes dos de agora. Não se trata apenas das mulheres serem retratadas
magras para aumentar sua atratividade, é
que o nível de exagero (por exemplo, na cintura impossivelmente fina de Megara
em "Hércules") cambaleia ao absurdo. Muitos críticos, principalmente
feministas, atacam a Disney por esta representação das mulheres, alegando que
as imagens tenham inspirado anorexia e distúrbios alimentares em crianças e
adolescentes.
8 – Mensagens
subliminares
A Disney tem um longo histórico de colocar mensagens
subliminares em seus filmes, principalmente sob a forma de imagens escondidas,
mas também, por vezes, através do som. Para quem não sabe, mensagens
subliminares referem-se à imagens ou sons que passam tão rápidos que só o nosso
subconsciente consegue captá-los. O caso mais notável foi reconhecido pela
própria Disney. É a mensagem subliminar que foi inserida no filme Bernardo e
Bianca. Você pode ver que em uma das janelas, que está ao fundo, foi inserida,
em apenas alguns quadros, a foto de uma mulher seminua, não podendo ser
percebida na velocidade normal do filme. A Disney foi rápida em colocar a culpa
nos editores do filme, atribuindo o
plantio da imagem como uma brincadeira de mau- gosto dos mesmos . Todas as
cópias corrompidas do filme foram recolhidas.
7 – Assédio sexual é aceitável
Um tema recorrente nos filmes da Disney envolve uma mulher
bonita que está sendo despertada por um beijo não aprovado nos lábios. Embora
seja discutível que algumas pessoas não se importariam de ser acordada pelo
beijo de um príncipe incrivelmente bonito e rico, a maioria das mulheres
rejeita essa ideia. Em Branca de Neve e
Bela Adormecida, no entanto, as princesas tendem a não tomar o assédio muito
mal, na verdade, as duas casam-se com esses estupradores em potencial após serem despertadas.
Lembrem-se que as princesas estão dormindo, muito semelhante a um conto de
Graciliano Ramos, onde um ladrão é preso por não resistir a beijar uma jovem
que dormia na casa que o sujeito assaltava. Homens que não respeitam mulheres
inconscientes devem ser retratados como heróis salvadores?
6 – Importância dos status social
Heróis e vilões da Disney são quase sempre da alta hierarquia social em relação aos outros. A
estrutura do enredo de "Cinderela" gira em torno de uma mulher que
consegue escapar de suas terríveis condições de vida simplesmente por se casar
com um homem rico. Seu sucesso deve-se à sua atratividade em relação a suas
irmãs hediondas. Este senso de justiça entre personagens centrais é consistente
em quase todos os filmes da Disney. O chamados "Príncipe Encantado"
são personagens tão valorizados pela sua
riqueza e poder que eles podem basicamente
fazer qualquer coisa. Imagine uma inversão dos papéis: substituir o
príncipe Phillip de "A Bela Adormecida", por Filoctetes, um
personagem menor e socialmente inferior
de "Hércules". Aposto que a maioria das mulheres que acordassem com
um beijo de Filoctetes gritariam
“Socorro” , ao invés de "Vamos nos casar!"
5 – Feiura é sinônimo de maldade
Em quase todos os filmes da Disney o principal antagonista é
retratado como fisicamente pouco atraente, incentivando as crianças a associar
esse traço com o mal. Personagens femininas são particularmente sujeitas a esse
tratamento, todas tem pelo menos uma das três principais características das
vilãs da Disney: ser gorda (Úrsula em "A Pequena Sereia"), idade
avançada (A mulher velha em "Branca de Neve") ou horrivelmente feia
(as irmãs feias em "Cinderela"). A linha de fundo é que a Disney
prega abertamente que atratividade é sinônimo de moralidade e felicidade.
Vilões da Disney são retratados frequentemente como inseguros sobre sua
aparência, capazes de fazer qualquer coisa para se tornarem mais jovens, mais
magros, mais bonitos . Por exemplo, o vilã de "Branca de Neve" é
obcecada por ser "a mais bela de todas elas", não medindo esforços
para alcançar tal objetivo.
4 – Beleza é sinônimo de felicidade
O filme "A Bela e a Fera" trabalha com o pretexto
de que a "aparência não importa". No entanto, um olhar mais atento à
estrutura do enredo revela isso como falso. No clímax do filme, a besta se
transforma de novo em um homem bonito, permitindo-lhe viver feliz para sempre
com a Bela, igualmente atraente. Isso contradiz por completo a suposta mensagem
do filme de que "aparência não importa", se isso fosse verdade, por
que a transformação seria necessária? "O Corcunda de Notre
Dame" também traz o personagem principal como sendo fisicamente deformado.
No entanto, a mensagem é novamente distorcida quando um novo personagem bonito,
na forma do capitão Phoebus, é introduzido para se casar com Esmeralda, em vez
de o protagonista, que, claro, não é digno dela por causa de sua feiura.
3 – Imagens satânicas
Existe evidência visível sugerindo que a Disney usa temas
sutis de satanismo em seus filmes. Por exemplo, a besta de "A Bela e a
Fera" é retratada como uma criatura com chifres e presas, semelhante à
imagem tradicional de Lúcifer. Filoctetes em "Hércules", também é
exibido desta forma, com chifres e cascos fendidos. O mais bizarro e o caso mais controverso seja, talvez, a adaptação da Disney de "O Leão, a
Feiticeira e o Guarda-Roupa". Tem sido argumentado que o encontro de
Lúcia, menina de oito anos, com o Sr. Tumnus, esconde sutilmente um caso de
pedofilia: o estranho (aliás retratado com pernas de cabra e chifres) convence
Lúcia a visitar a sua casa antes de colocá-la para dormir, tocando canções de
ninar em sua flauta . Na próxima cena, Lúcia acorda e encontra Tumnus chorando
e dizendo que ele "fez algo muito ruim". Apesar das evidências de um
tema mais sombrio, muitos críticos da teoria sugerem que a história mostra
simplesmente as consequências de se confiar em estranhos.
2 – Tudo é fofo, tudo termina bem
Muitos se sentem inclinados a oferecer a Disney alguma
indulgência nesse assunto, uma vez que o alvo de seus filmes são crianças.
Outros são inclinados a condená-la por revestir de doçura temas como a morte e o engano. Em "O Rei Leão"; um filme
baseado no clássico de William Shakespeare, a tragédia "Hamlet", a
Disney alterou o final original da peça, em que muitos dos personagens centrais
morrem, substituindo-o com um triunfo
perfeito do bem sobre o mal, tornando a
trama sem sentido e assegurando um processo milionário para Shakespeare, caso o
bardo estivesse vivo. Contudo, "Hamlet" não é a única obra-prima
literária que a Disney massacrou nas
telas. Tome a estrutura do enredo de Hans Christian Anderson, "A Pequena
Sereia" e você vai encontrar um outro final drasticamente alterado. No
original, Ariel não se casa com o príncipe e é forçado a matá-lo para recuperar
sua cauda de sereia, mas ela não consegue assassinar o amado e morre
tristemente.
1 - Estereótipos raciais
Globalmente, a
mensagem mais flagrante e inequívoca que a Disney transmite às crianças, é como
discriminar as pessoas por suas raças. Os corvos em "Dumbo", lançado
em 1941, quando o crime do racismo contra os afro-americanos era tolerado, é
provavelmente o exemplo mais flagrante. A linguagem e os trajes dos pássaros
tem a clara intenção de zombar dos afro-americanos. Os personagens existem
apenas para ajudar o protagonista branco, e serem motivo de piadas entre o
público branco, acrescentando insulto
e injúria sobre o estereótipo já
gritante. Outro exemplo é o gato chinês de "Os Aristogatas", que
canta sobre biscoitos da sorte (inventado na América aliás) com um sotaque
asiático quase ininteligível. Notem também, que nas histórias da Disney, quando
os personagens mais famosos ( Mickey, Donald e CIA ) viajam para outros países,
os nativos são apresentados como indolentes, preguiçosos, incapazes de gerir os
próprios assuntos. A mensagem racista e imperialista está escancarada: levem
nossas riquezas, porque nós não as merecemos.
Créditos-http://kid-bentinho.blogspot.com.br/2012/11/10-maneiras-que-disney-usa-para.html
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